Inteligência Espiritual (SQ) deve ser entendida como uma série de habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo do tempo, através de prática. Descrever tais habilidades e como medi-las através da criação de uma linguagem neutra e amigável a todo e qualquer sistema de crenças foi o que fez a autora norte-americana Cindy Wigglesworth em seu livro “SQ21: The Twenty-One Skills of Spiritual Intelligence”, lançado em 2012, ainda inédito no Brasil. Recebi meu exemplar autografado com um gentil agradecimento pelo interesse no assunto, em julho de 2018. Em alguns dias já havia lido tudo, sendo que alguns trechos, mais de uma vez.
Continue reading “Meu interesse pelo modelo SQ21™”Autor: Marcia Poppe
Ponto de Partida: explorando a eficácia do desenvolvimento da SQ [Inteligência Espiritual]
Não há dúvida alguma que a palavra espiritual assusta, ou no mínimo, intriga. Ainda mais se usada para classificar um tipo de inteligência. E é muito mais fácil aceitar sua utilização quando se fala em desenvolvimento pessoal ou profissional individual, do que dentro de contextos corporativos ou de gerenciamento de projetos. Mas como hoje se fala muito em desenvolvimento de lideranças e se valoriza bastante o lado humano dos top performers, dos líderes e gerentes de projeto, inclusive com pesquisas demonstrando a importância das soft skills [1], introduzir possibilidades de desenvolvimento que podem tornar tais profissionais ainda mais capazes fica mais palpável, mesmo em se tratando de um tema que à primeira vista pode soar esquisito. Mas a partir do momento que se compreende seu significado e seu alcance, tudo passa a fazer muito sentido.
Continue reading “Ponto de Partida: explorando a eficácia do desenvolvimento da SQ [Inteligência Espiritual]”Para dentro da Concha: um olhar sobre a produção do arquiteto Francisco Bolonha
Este artigo foi originalmente publicado na Revista Arquitextos / ISSN 1809-6298, no endereço: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.080/276 em janeiro de 2007.
“É certo que a vida não explica a obra, porém certo é também que se comunicam. A verdade é que esta obra a fazer exigia esta vida.” (1)
Francisco de Paula Lemos Bolonha foi um homem de elite. Aficionado por Marcel Proust, além das correspondências do escritor, leu sua obra completa sete vezes na língua original. Tinha em sua biblioteca autores como Fyodor Dostoyevsky, Lawrence Durrell, Otavio de Faria, Graciliano Ramos, Eça de Queirós e José Lins do Rego; poetas como João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade, além de filósofos como Jean-Paul Sartre, Søren Kierkegaard e Maurice Merleau-Ponty. Dos inúmeros livros de arte e de arquitetura, importa mencionar dois, de um conjunto de quatro, sobre a obra de Michelangelo: de autoria de Charles de Tolnay, foram presenteados a Bolonha no Natal de 1965 por Carlos Lacerda. Com os volumes, uma carta do ex-governador da Guanabara: “vão os livros com a minha amizade e grata admiração pelo seu valor, não só de arquiteto mas, igual ou ainda mais, porque mais raro, de pessoa”.
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